Prazer em ser educadora

Graduada em Sociologia Política (USP), História (PUC-SP), Mestre em Ciências Sociais (área educação) UFPE, desde muito jovem me perguntava por que tantas desigualdades sociais no meu país? As respostas que eu obtinha não eram satisfatórias, até que um dia (ensino médio) fiz muitas perguntas a um querido professor de história (Otaviano) e ele me disse: "com tantas dúvidas, acho melhor você estudar História, só ela te saciará ou provocará mais dúvidas ainda, o que fará de você, uma eterna pesquisadora"
Amei aquela resposta desafiadora e assim, paralelo a um período ditatorial me tornei uma mulher questionadora, participante do movimento estudantil universitário, e do primeiro partido da classe de fato trabalhadora do meu país, uma mulher que pouco a pouco vai percebendo o que fizeram com a América Latina, sem nunca deixar de vislumbrar-se com as "coisas" da Europa anglo-francesa.
Aliei a sociologia à história e ambas me dão uma outra visão do mundo, seja nos aspectos econômico-político-sócio-cultural, permitindo-me conviver com as diversidades, com as minorias sem discriminações, aprendi a acreditar em meu país, no meu povo.
Assim posso repassar aos meus alunos das mais diversas idades ou classes sociais, o conhecimento que venho adquirindo no decorrer dos tempos, mostrando a eles que devemos nos qualificar, nos especializar, não para tornarmos apenas um acadêmico, mas para nos transformar em um humanista sensível à inclusão social, acreditando na mudança de um homem quando tem oportunidades.
Foi assim que acabei de certa forma, influenciando ou alicerçando a ideia de alguns alunos a cursarem História ou Ciências Sociais. A eles (últimos) : Trícia, Dimitri , Amanda, Arlan , Laís, Claudia... (não é possível citar o nome de todos) eu dedico esse blog e espero poder tirar dúvidas e compartilhar com todos os amantes das ciências humanas.
Muito prazer em ser educadora ... Beth Salvia

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CONCEITOS PARA ENTENDER A SOBRREVIVENCIA HUMANA

Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Pode também ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Nesta definição estão implícitas duas questões fundamentais para a compreensão da economia: por um lado a idéia de que os bens são escassos, ou seja, não existem em quantidade suficiente para satisfazer plenamente todas as necessidades e desejos humanos; por outro lado a idéia de que a sociedade deve utilizar os recursos de que dispõe de uma forma eficiente, ou seja, deve procurar formas de utilizar os seus recursos de forma a maximizar a satisfação das suas necessidades.
 Trabalho -  segundo Marx, é a única manifestação da liberdade humana, da capacidade humana de criar a própria forma de existência específica. Não se trata, certamente, de uma liberdade infinita porque a produção está sempre relacionada com as condições materiais e com as necessidades já criadas; e estas condições atuam como fatores limitativos em qualquer fase da história. Assim, é através do trabalho, como relação ativa com a natureza , que o homem é, de certo modo, criador de si próprio; e criador não apenas da sua "existência material" mas também do seu modo de ser ou da sua existência específica, como capacidade de expressão ou de realização de si.
Produto -  em economia, é um conjunto de atributos,  constituído através do processo de produção, para atendimento de necessidades reais ou simbólicas, e que pode ser negociado no mercado, mediante um determinado valor de troca, quando então se converte em mercadoria .O produto do trabalho deve, antes de tudo, responder a algumas necessidades humanas. Deve, em outras palavras, ser útil. Marx chama-o valor de uso. Seu valor se assenta primeiro e principalmente em ser útil para alguém.  A necessidade satisfeita por um valor de uso não precisa ser uma necessidade física. Um livro é um valor de uso, porque pessoas necessitam ler. Igualmente, as necessidades que os valores de uso satisfazem podem ser para alcançar  alguns objetivos
Consumo  - faz parte da  ciência econômica. que se ocupa da aquisição de bens que podem ser bens de consumo e bens de capital e serviços.  Por definição, é a utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um indivíduo ou uma empresa. Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido pelas etapas da fabricação, armazenagem, embalagem, distribuição e comercialização.
 Valor de Uso - é a capacidade que um produto tem para satisfazer determinadas necessidades do homem ou da sociedade no seu conjunto, através do uso, do consumo ou para servir de meio de produção de outros bens materiais. Esta capacidade resulta das condições naturais, das características das matérias de que o produto é feito e do trabalho concreto despendido na sua produção. O valor de uso está condicionado pelas propriedades físicas, químicas, biológicas e outras propriedades das coisas e também pelas características adquiridas em consequência da atividade humana dirigida a um fim. Algumas coisas satisfazem diretamente as necessidades pessoais do homem servindo de objetos de consumo pessoal, como os alimentos ou o vestuário; outras servem como meios de produzir matérias-primas, combustíveis ou ferramentas . São valores de uso tanto os produtos conseguidos através do trabalho concreto como muitas outras coisas oferecidas pela natureza. É o caso dos “bens livres” como o ar, a água, a chuva que beneficia a cultura dos campos, a energia solar, o solo virgem, os prados naturais, as florestas bravas, os frutos silvestres, etc. Valor de troca -  O elemento quantitativo representado pelo tempo de trabalho necessário à produção, ou seja, o valor, não pode explicar o valor particularizado das trocas em cada situação concreta. O valor não se manifesta de imediato após o ato da produção, mas apenas no ato de troca, por intermédio dum valor de troca
Valor de Troca-  numerosos fatores intervem nas trocas efetivas que alteram a proporção entre valor e valor de troca. Porém, há uma tendência para se aproximarem estes dois valores conforme o tempo e a amplitude das transações. O valor da mercadoria adquire uma forma precisa, no ato de troca propriamente dito, por intermédio da relação quantitativa que se estabelece indiretamente através do valor de outra mercadoria. Esta relação é o valor de troca.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Os temas citados acima estão interligados ente si de forma primordial, fatores estes que compõe a sobrevivência da humanidade...

    Deoclécio. (Aluno ACEP)"Manhã"

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