Prazer em ser educadora

Graduada em Sociologia Política (USP), História (PUC-SP), Mestre em Ciências Sociais (área educação) UFPE, desde muito jovem me perguntava por que tantas desigualdades sociais no meu país? As respostas que eu obtinha não eram satisfatórias, até que um dia (ensino médio) fiz muitas perguntas a um querido professor de história (Otaviano) e ele me disse: "com tantas dúvidas, acho melhor você estudar História, só ela te saciará ou provocará mais dúvidas ainda, o que fará de você, uma eterna pesquisadora"
Amei aquela resposta desafiadora e assim, paralelo a um período ditatorial me tornei uma mulher questionadora, participante do movimento estudantil universitário, e do primeiro partido da classe de fato trabalhadora do meu país, uma mulher que pouco a pouco vai percebendo o que fizeram com a América Latina, sem nunca deixar de vislumbrar-se com as "coisas" da Europa anglo-francesa.
Aliei a sociologia à história e ambas me dão uma outra visão do mundo, seja nos aspectos econômico-político-sócio-cultural, permitindo-me conviver com as diversidades, com as minorias sem discriminações, aprendi a acreditar em meu país, no meu povo.
Assim posso repassar aos meus alunos das mais diversas idades ou classes sociais, o conhecimento que venho adquirindo no decorrer dos tempos, mostrando a eles que devemos nos qualificar, nos especializar, não para tornarmos apenas um acadêmico, mas para nos transformar em um humanista sensível à inclusão social, acreditando na mudança de um homem quando tem oportunidades.
Foi assim que acabei de certa forma, influenciando ou alicerçando a ideia de alguns alunos a cursarem História ou Ciências Sociais. A eles (últimos) : Trícia, Dimitri , Amanda, Arlan , Laís, Claudia... (não é possível citar o nome de todos) eu dedico esse blog e espero poder tirar dúvidas e compartilhar com todos os amantes das ciências humanas.
Muito prazer em ser educadora ... Beth Salvia

sexta-feira, 27 de maio de 2011

CARTILHA CONTRA A HOMOFOBIA - MEC

  Como educadora, me vejo na obrigação de reparar uma desinformação dos meios de comunicação de massa sobre a Cartilha contra a Homofobia, algumas pessoas foram infelizes ao denominar "kit gay", sem nunca ter lido o projeto do MEC e nem tão pouco ver os vídeos, que nada mais é do que uma história comum que vem acontecendo em milhares de escolas brasileiras e muitos fingem  que esta realidade está bem longe das escolas que frequentamos, que damos ou assistimos aulas.
      O que antes era minoria, agora não é mais, com as leis de inclusão social, cada vez mais as antigas minorias crescem ou melhor aparecem, acobertados pela lei, os excluídos (índios, afro-descendentes, mulheres, deficientes, homo-afetivos, idosos, crianças e adolescentes...) têm a coragem de dizer que também são seres humanos como todos os que se acham "normais e exigem respeito.
A ONU exige o cumprimento da Lei dos Direitos Humanos e o MEC nada mais fez do que iniciar uma campanha  para as escolas através de 3 vídeos que conta a história de um adolescente que descobre a sua sexualidade, de uma menina....de .... esses vídeos seriam entregues aos professores das escolas de ensino fundamental e médio públicos, para que nós educadores que nos deparamos com essa situação a todo instante, pudéssemos entender melhor a realidade  de  nossos alunos e alunas homo-afetivos e se achássemos que turmas de ensino médio estivessem preparadas para assistir o vídeo, poderíamos após desconstruir as inverdades sobre a homossexualidade, apresentá-los e depois fazer um debate com os alunos, fazendo dos mesmos seres mais humanizados e sem preconceitos fundamentados na ignorância (ausência de conhecimento de determinado assunto), isto quem decidiria seria o professor.
  É este o objetivo do MEC e não ensinar ao aluno ser homossexual, porque ninguém aprende a ser homo a pessoa nasce homossexual e independente da causa, estão aí, nas escolas, em nossas famílias, em nossas casas quem sabe? Precisamos (embora possamos não aceitar) respeitá-los. 
  Infelizmente em nome da religiosidade os que se dizem cristãos, não seguem uma frase  do messias que disse: todos somos irmãos, querendo nos fazer entender que todos devemos respeitar uns aos outros, porque ninguém é superior ou inferior a ninguém.

3 comentários:

  1. eu acho que Betth está totalmente certa não devemos discriminar ninguém por sua opção sexual somos todos iguais indepndente de cor classe social.

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  2. Não concordo e não tenho preconceito sobre este assunto. Tenho um conceito formado e ele é um conceito religioso onde o gênero é imprescindível.

    Deus criou o gênero Homem e o gênero Mulher para viverem juntos, se amarem e se multiplicarem. Deus não criou dois gêneros sem um propósito. Um casal tem um propósito. Ter filhos, criarem seus filhos, educarem seus filhos dentro de um ambiente saudável, sadio e familiar. Esse propósito está aí a gerações e é esse propósito que mantém nossa raça viva. Qualquer subversão de gênero nos leva a caminhos perigosos, sombrios e imprevisíveis.

    A própria cartilha não consegue explicar de forma objetiva, direta e convincente as razões pela qual um homem quer estar com outro homem. Não dá razões científicas, como se elas não existissem. Pior ainda coloca em dúvida se a heterossexualidade é natural, ou seja, sugere que o homem que gosta de mulher é tão normal quanto um que gosta de outro homem, ou seja tanto faz um e outro, tudo é natural. Isso que é subverter o sentido das coisas. É como dizer que o homem que gosta de animais (zoofilia) é natural, ou que gosta de cadáveres (necrofilia) é natural, ou que gosta de crianças (pedofilia) é natural.

    Ora, de que vale nossas diferenças sexuais e para que servem então? Se um homem pode ter relação sexual com outro homem de forma natural, servirá para o que então uma mulher?

    Alfred Kinsey foi o responsável por essa revolução abominável. Foi graças a ele e as suas experiências macabras, entre elas, submeter sua própria esposa ao desfrute sexual de seus amigos e conhecidos com o argumento de observar e avaliar suas reações. Abusar de crianças e/ou avaliar pedófilos e catalogar experiências para produzir relatórios inócuos e sem estrutura científicas, para no final a OMS determinar, graças a esse pseudo-estudo que a homossexualidade é uma opção sexual e é natural.

    Beth, já que você citou o messias, tente conhecer a história de Sodoma e Gomorra e tente entender como as coisas aconteceram. Deus destruiu a cidade por considerá-la profundamente promiscua e deplorável. Nesta cidade havia a prática de todos os tipos de parafilias bem como o homossexualismo em grupo, assim como incesto e até práticas canibais.

    Estar feliz não pode ficar acima de regras naturais que determinam nossa existência em nossa vida ou na sociedade em que vivemos. Se for assim, vou dar uma cheirada no pó para viajar e ficar feliz, ou então vou detonar um paralelepípedo num para brisa só para me divertir e ficar feliz, ou então vou dar um desfalque na repartição, gastar um dinheirinho e ficar feliz. Antes de eu pensar em ficar feliz, tenho que entender e seguir as regras, mesmo que elas me custem a felicidade, afinal, felicidade é um estado de espírito. Não somos felizes, estamos felizes! Portanto cada momento é um passo e cada passo tem que ter espaço e o espaço não é nossa propriedade , é emprestado por Deus.

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  3. Apenas para contrapor o seu post, a população homossexual no Brasil em 2009 era de 16,7% entre homens e mulheres, pesquisa realizada pela USP. Portanto é a minoria, porém é uma população economicamente ativa e gera interesses políticos e econômicos. Daí toda essa mobilização, mais pelos interesses do que pela aceitação humanizada propriamente dita.

    Quanto a inclusão social a que você se refere, eles já estão incluídos na sociedade, nos meios de comunicação, na mídia, nos jornais e revistas, no comercio, na política e na religião, visto que já há até igrejas evangélicas gays. Estão em todos os meios, como profissionais ou empresários. Não são pessoas miseráveis como os moradores de rua, não são negligenciados como os idosos, não são excluídos ou escravizados como os negros e não foram extinguidos como os índios.
    São pessoas competentes, capacitadas e inteligentes e são tão cidadãos como qualquer um cidadão que conhece seus direitos e deveres, porem fazem questão de impor uma doutrina que destrói a família cristã, os princípios cristãos e os ensinamentos que norteou toda a nossa origem aqui na terra tentando fazer crer que um homem se deitar com outro homem é normal, é bonito, é legal, é natural e deve ser aceito por todos.

    Quanto a questão nascer LGBT, concordo sim, apesar do termo "orientação sexual" oferecer várias formas de entendimentos. Se o indivíduo nasce com este desvio, então é e deve ser tratada como doença, pois se esse comportamento vai de encontro a natureza humana e o indivíduo nasce com essa propensão deve ser tratado por um especialista médico.

    No meu entender só existe uma forma de orientação sexual e esta não é somente religiosa, é científica e perpetua a nossa raça aqui no planeta. Qualquer outra forma, não é orientação sexual é desvio de orientação, de conduta, vai contra a natureza humana e fere os ensinamentos de Deus.

    Se aceitarmos a idéia de que há outras orientações sexuais e que elas devem e podem conviver com a primeira e única, entenderemos que todas as parafilias, sem exceção, devem ser aceitas. Por que uma sim e as outras não. Neste caso também haveria preconceito!

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