Caros alunos, o texto abaixo vem nos esclarecer as consequências atuais no estado da Paraíba, nos aspectos: econômico (base agrária sobrepõe à industria), política (permanência das oligarquias latifundiárias no poder), social ( a base caracterizada por descendentes dos escravos indígenas e africanos, sem terras, sem teto, sem escolaridade), religioso (muitas cidades com nomes de santos/santas católicas, discriminação forte às religiões afrodescendentes) e cultural (pouca valorização as raízes populares/ machismo exarcebado/ conformismo com a pobreza, alto índice de analfabetismo, doenças, violência urbana e rural)
No início da colonização portuguesa, essa terra pertencia à capitania de Pernambuco, o administrador português João Gonçalves, realizou algumas benfeitorias na capitania como a fundação da Vila Conceição e a construção de engenhos .Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando do pau-brasil.
d)Traição aos tabajaras : aconteceu quando essa tribo situava-se na região do rio São
Francisco. Em 1573, Francisco Caldas, com mais de 200 homens, pretendendo apresar Tapuias, chegaram até a tribo do chefe Piragibe, já com amizade firmada com os colonos. Conseguindo reforço de índios, viajou para o interior, de onde voltou semanas depois, trazendo carregamento de índios escravizados. Na verdade Francisco Caldas pretendia também cativar Piragibe e toda sua gente. O chefe Tabajara tomando conhecimento da intenção do aventureiro e depois de avisar a Assento de Pássaro, outro chefe e parente, armou uma cilada fatal, de que resultou o massacre de toda a expedição e soltura de escravos. Desde aí, Piragibe junto com Assento de Pássaro, abandonaram sua morada e emigrou com sua família e grande número de índios Tabajara, percorrendo o interior até chegar a Paraíba. Em 1585, aliou-se aos potiguares, contra a conquista da Capitania Real da Paraíba.
REVOLTAS EXCLUSIVAS DA PARAÍBA
FUNDAÇÃO DA CAPITANIA DA PARAÍBA
No início da colonização portuguesa, essa terra pertencia à capitania de Pernambuco, o administrador português João Gonçalves, realizou algumas benfeitorias na capitania como a fundação da Vila Conceição e a construção de engenhos .Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando do pau-brasil.
Com a Tragédia
de Tracunhaém (explicada abaixo), em 1574, a Corte
Portuguesa ficou alarmada com os acontecimentos, o que levou o rei D.Sebastião
a separar a Paraíba da Capitania de Itamaracá (PE) elevando-a à categoria de Capitania Real da Paraíba, passando
então a ser administrada diretamente pela Corte, que tirara para si todas as
vantagens.
O Decreto
Real criando a Capitania Real da Paraíba foi editado, possivelmente em
janeiro de 1574. Esta foi a terceira
Capitania Real do Brasil, sendo a primeira, a da Bahia e a segunda do Rio de
janeiro. As terras da nova Capitania tinha os seus limites desde a foz do rio
Popoca até a Baía da Traição.
Depois de expulsos do Rio de Janeiro, os franceses tentaram se estabelecer na Paraiba, onde conseguiram
aliar-se aos Tupis, que dominava a região e fixaram-se na Baía da Traição,
próxima a Mamanguape, onde o comércio era livre. Os franceses comerciavam
pau-brasil, algodão, óleos vegetais e animais nativos, que mandavam para sua
terra. Eles conseguiam conquistar os índios,
em troca de ferramentas, presentes e enfeites, levando-os a não reagirem às suas invasões e até a
ajudarem na derrubada de madeira.
OBJETIVOS
-
*existia uma grande preocupação dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, separando-a de Pernambuco e sem as rivalidades tribais.
*haveria a garantia do progresso da capitania de Pernambuco
*o fim da aliança entre potiguaras e franceses, e ainda, havia um grande interesse em estender sua colonização ao norte.
*existia uma grande preocupação dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, separando-a de Pernambuco e sem as rivalidades tribais.
*haveria a garantia do progresso da capitania de Pernambuco
*o fim da aliança entre potiguaras e franceses, e ainda, havia um grande interesse em estender sua colonização ao norte.
No entanto, a Capitania Real da Paraíba nasceu de
duas exigências:
- compensação do insucesso da capitania de
Itamaracá (PE)
-necessidade de apoio ao povoamento já instalado
na Capitania de Pernambuco.
FATORES
DO ATRASO DA COLONIZAÇÃO DA PARAÍBA
Entre a criação da Capitania da Paraíba e sua efetiva conquista, decorrem mais de dez anos. Os motivos desse retardamento são gerais e particulares. Gerais porque os problemas do governo português são múltiplos, tanto na política como na economia, afastando-o de um interesse concreto em povoar terras que não davam mostras de possuírem os metais preciosos, uma das grandes ambições dos governantes europeus da época. Particulares porque uma série de circunstâncias ocorreu, ocasionando a demora da ocupação da Paraíba. Esses acontecimentos foram: ação de apresadores de índios, presença de franceses na Baía da Traição, massacre em Tracunhaém e traição aos Tabajaras.
Entre a criação da Capitania da Paraíba e sua efetiva conquista, decorrem mais de dez anos. Os motivos desse retardamento são gerais e particulares. Gerais porque os problemas do governo português são múltiplos, tanto na política como na economia, afastando-o de um interesse concreto em povoar terras que não davam mostras de possuírem os metais preciosos, uma das grandes ambições dos governantes europeus da época. Particulares porque uma série de circunstâncias ocorreu, ocasionando a demora da ocupação da Paraíba. Esses acontecimentos foram: ação de apresadores de índios, presença de franceses na Baía da Traição, massacre em Tracunhaém e traição aos Tabajaras.
a)Apresadores
de índios: eram aventureiros que procuravam no Nordeste a riqueza fácil e
que a partir de 1560 encontraram condições de ação na Capitania de Pernambuco.
Infiltrando-se entre aldeias indígenas pacíficas criaram sérios conflitos
através de violência que visava contrabandear os nativos a conduzi-los
escravizados em navios. Muitas amizades já consolidados entre colonos e índios
foram por isso dissolvidas e em toda a região as tribos se levantaram para a
guerra;
b) Presença
de franceses na Baía da Traição: provavelmente os franceses frequentavam os
portos da Paraíba desde 1520, formando aliança com os índios Potiguaras. Essa
tribo, provando não ser belicosa por natureza, recebeu os franceses em sua
convivência mais íntima, permitindo a miscigenação sem fronteiras, que unia os
homens loiros de Franca às mulheres Potiguaras; com eles o comércio de
especiarias da terra foi franco, em troca de diferentes objetos trazidos da
Europa. As razões de tal amizade foram: em primeiro lugar, os franceses
procuravam homenagear os Potiguaras, naquilo que lhes era mais caro, ou seja,
sua valentia, o prestígio de seus guerreiros e sua liberdade. Os potiguaras não
sofriam dos franceses qualquer afronta: nem mentiras, nem apresamento, nem
quebra nos padrões culturais. Em segundo lugar, conquistada a harmonia com o
nativo, os franceses passavam a oferecer-lhes ensinamentos úteis, informam
sobre melhores métodos de agricultura, doam ferramentas e incentivam a cultura
do algodão. Quando surgiram, portanto, os primeiros conquistadores da Paraíba
tentando colonizá-la, franceses e potiguaras estavam em bom entendimento para a
defesa de seus interesses.
c) Massacre
de Tracunhaém: trata-se de um acontecimento histórico decisivo para a
criação da Capitania da Paraíba. O seguinte episódio, ocorreu no vale do rio
Tracunhaém, que pertencia a Itamaracá e hoje se localiza a pequena distância da
cidade pernambucana de Goiana.
Em 1574, transitaram dois guerreiros potiguares, provenientes de Olinda, onde, por determinação do governador geral Antônio Salema, recapturaram uma jovem indígena de quinze anos, filha do cacique Iniguaçu, e que fora arrebatada por mameluco das aldeias da serra da Copaoba. A beleza da índia, todavia, tanto fascinou o proprietário Diogo Dias que decidiu ficar com a moça. O rapto irritou os indígenas que insuflados pelos franceses, caíram sobre o engenho de Dias, no Tracunhaém, massacrando todos os habitante, a única exceção foi o irmão de Diogo. Simultaneamente, os demais centros de povoamento de Itamaracá foram atacados, com os ocupantes refugiando-se na ilha. Diante do fato, o rei D. Sebastião, para colonizar a região e por fim à fúria selvagem, fez com que Portugal ao mesmo tempo tomasse posse da terra; criou, então, a Capitania Real da Paraíba desmembrando-a da capitania de Itamaracá. Toda a ação de conquista que se tentasse, porém compromissava-se com a guerra aos Potiguaras e com a expulsão dos franceses.
Em 1574, transitaram dois guerreiros potiguares, provenientes de Olinda, onde, por determinação do governador geral Antônio Salema, recapturaram uma jovem indígena de quinze anos, filha do cacique Iniguaçu, e que fora arrebatada por mameluco das aldeias da serra da Copaoba. A beleza da índia, todavia, tanto fascinou o proprietário Diogo Dias que decidiu ficar com a moça. O rapto irritou os indígenas que insuflados pelos franceses, caíram sobre o engenho de Dias, no Tracunhaém, massacrando todos os habitante, a única exceção foi o irmão de Diogo. Simultaneamente, os demais centros de povoamento de Itamaracá foram atacados, com os ocupantes refugiando-se na ilha. Diante do fato, o rei D. Sebastião, para colonizar a região e por fim à fúria selvagem, fez com que Portugal ao mesmo tempo tomasse posse da terra; criou, então, a Capitania Real da Paraíba desmembrando-a da capitania de Itamaracá. Toda a ação de conquista que se tentasse, porém compromissava-se com a guerra aos Potiguaras e com a expulsão dos franceses.
d)Traição aos tabajaras : aconteceu quando essa tribo situava-se na região do rio São
Francisco. Em 1573, Francisco Caldas, com mais de 200 homens, pretendendo apresar Tapuias, chegaram até a tribo do chefe Piragibe, já com amizade firmada com os colonos. Conseguindo reforço de índios, viajou para o interior, de onde voltou semanas depois, trazendo carregamento de índios escravizados. Na verdade Francisco Caldas pretendia também cativar Piragibe e toda sua gente. O chefe Tabajara tomando conhecimento da intenção do aventureiro e depois de avisar a Assento de Pássaro, outro chefe e parente, armou uma cilada fatal, de que resultou o massacre de toda a expedição e soltura de escravos. Desde aí, Piragibe junto com Assento de Pássaro, abandonaram sua morada e emigrou com sua família e grande número de índios Tabajara, percorrendo o interior até chegar a Paraíba. Em 1585, aliou-se aos potiguares, contra a conquista da Capitania Real da Paraíba.
LUTAS
PELA CONQUISTA- Quando foi criada a capitania real da
Paraíba, o Brasil vivia o sistema de Governo Geral. Na época, o governador
geral era Luís de Brito e Almeida. Este recebeu do rei de Portugal a ordem de punir
os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma
cidade. Assim, começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba.
Para isso, o rei de D. Sebastião mandou primeiramente o Ouvidor Geral D. Fernão
da Silva.
- Primeira expedição (1574): O comandante desta
expedição foi o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão
tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência,
mais isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e
teve que recuar para Pernambuco.
- Segunda expedição (1575): Quem comandou a
segunda expedição foi Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi
prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras
paraibanas. Parte da frota foi devolvida ao porto de origem, com o próprio
Governador Geral, e outra conseguiu ancorar em Pernambuco onde, depois de
esperar algum tempo também retornou à Bahia.
-Terceira expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs
a condição de que se conquistasse a Paraíba, a governaria por dez anos. Essa
ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu
sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter forte tormenta e além de ter
que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa.
-Quarta expedição (1582) : com a mesma proposta
imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a
conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa
desiste após perder um filho em combate.
- Quinta expedição(1584) : esta teve a presença de Flores Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso Barbosa, Que conseguiram
finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba.
DEFINIÇÃO
DA CONQUISTA -Em 1584, as lutas pela Paraíba
registraram a participação dos espanhóis a que, indiretamente, passara a
pertencer o Brasil, em razão da união das Coroas de Portugal e Espanha (Reino
Ibérico), subordinados a um mesmo soberano - Felipe II da Espanha. Esse
acontecimento ocorrido em 1580, na Europa, explica a atuação nas peripécias
paraibanas de 1584, de dois espanhóis, o almirante Diogo Flores Valdez e o
alcaide Francisco Castejom.
Ao
primeiro coube chefiar a Armada que veio combater os franceses no mar e fechar
a desembocadura do rio Paraíba, batizado de São Domingos pelos Portugueses.
Castejom encarregou-se do comando de baluarte, erguido nas proximidades do
estuário do Rio da Guia, afluente da Paraíba. O fortim batizado de São Felipe e
São Tiago ensejou a denominação de Forte Velho para a localidade, hoje
convertida em centro de turismo.
Não foi
desta feita, todavia, que a resistência indígena resultaria dominada. Edificada
em local inadequado, a fortaleza viu-se cercada pelos Potiguaras que, em campo
aberto, destruíram bandeiras que se aventuraram pelo interior. Quando as
desavenças entre o capitão-mor Frutuoso Barbosa, português, e o alcaide
Castejom, espanhol, se acentuaram, a situação dos conquistadores tornou-se
insustentável. Castejom incendiou o forte e jogou a artilharia ao mar,
retirando-se para Olinda, onde foi preso pelo Ouvidor Martim Leitão.
Em 1585, coube a este último organizar expedição
para a conquista, somente então consumada. Devido
à importância estratégica, a Paraíba fora criada como Capitania Real, isto
é, diretamente subordinada à coroa, o que propiciou o emprego de recursos
oficiais no empreendimento. A expedição chefiada militarmente por João Tavares,
partiu de Olinda, com aproximadamente mil homens, a cavalo e a pé. Entre os
participantes das jornadas encontrava-se militares, proprietários e sacerdotes,
com índios “domesticados” e escravos negros compondo a massa restante.
Quando aqui chegaram se depararam com índios que
sem defesa, fogem e posteriormente, são
aprisionados. Ao saber que eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda anular o
engano. Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras,
que por temerem outra traição, a rejeitaram. O cacique Piragibe, à frente dos Tabajaras,
tinha planos de cercar o forte e invadir também as capitanias de Pernambuco e
Itamaracá. Mas houve sérios desentendimentos entre os Tabajaras e os
Potiguaras, os quais levaram as duas tribos a guerrearem entre si. Martim Leitão, sabendo desses fatos,
preparou-se para tentar as pazes com o valente cacique Piragibe, pois sabia da
importância de tê-lo como aliado.
Para essa missão de paz, o escolhido foi o capitão
João Tavares, de espírito conciliador. Finalmente, no dia 5 de agosto de 1585,
celebraram um acordo, na encosta de uma colina em frente ao rio Sanhauá, onde
se construíram um forte de madeira. Nesta data, foi firmada definitivamente a
conquista da Paraíba.
A conquista da Paraíba se deu no final de tudo
através da união de um português e um chefe indígena chamado Piragibe, palavra
que significa Braço de peixe.
Em virtude de ser o dia 5 de agosto dedicado a Nossa
Senhora das Neves, a nova cidade recebeu o nome de Nossa Senhora das Neves, passando a chamar-se Filipéia de Nossa Senhora
das Neves (29/outubro/1585) em homenagem ao Rei Felipe da Espanha.
Depois passou a chamar-se Frederikstadt (Frederica)
(26/dezembro/1634) por ocasião da conquista pelos holandeses, em homenagem a
Sua Alteza o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Em seguida, Parahyba (01/fevereiro/1654) no retorno
ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois
província e por último Estado. Finalmente, João Pessoa (04/setembro/1930)
homenagem prestada ao presidente da província (aassassinado em Recife por João Dantas po questões pessoai/políticas)
REVOLTAS BRASILEIRAS (Participação Paraibana)
Guerra
dos Mascates: A Guerra dos Mascates foi uma guerra
civil, ocorrida em Pernambuco, no século XVIII, mais propriamente em Olinda,
sede do governo pernambucano na época.Ocorreu que houve indignação contra a
elevação de Recife à categoria de vila, a pedido da população de Recife,
composta por comerciantes portugueses chamados Mascates que aspiravam por uma
maior autonomia. Nesta época a economia nordestina entrava em declínio, pois os
preços do açúcar estavam baixando no mercado mundial e haviam descoberto as
Minas Gerais.Muitos senhores de engenho deviam dinheiro aos mascates. Em 1707 o
povoado de Recife foi elevado a vila, o que provocou revolta em Olinda. Alguns
olindenses ocuparam Recife e elegeram um novo governador a seu favor; Olinda
ocupou Recife por três meses.João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio do
governador da Paraíba, João da Maia Gama, para desforrar-se dos senhores de
engenho. Desta forma os mascates aprisionaram o governador pernambucano. Após
este fato entrou um novo governador no poder (Félix José Machado de Mendonça),
que a princípio foi imparcial, mas que em seguida ficou ao lado dos mascates,
os quais saíram vencedores desse conflito.
Revoluções
Liberais: A passagem do século XVIII para o XIX foi
marcada pelo surgimento de ideias revolucionárias. No mundo surgia o estilo
literário conhecido como Realismo/Naturalismo, que procurava descrever as
classes inferiores e mostrar os aspectos mais degradantes e cruéis da
sociedade. Na Paraíba as ideias revolucionárias foram estimuladas pela
maçonaria.O mundo todo se baseava no ponto de vista científico. Temos como
exemplo o padre Manoel Arruda, que começou a pesquisar a fauna e a flora
nordestina.Todas estas ideias liberais provocaram um surto revolucionário, no
qual podemos citar as revoluções de 1817, 1824 e 1848, todas com tendências
republicanas, federalistas e democráticas.
Revolução
de 1817: Este movimento de caráter republicano e
separatista, surgiu na Província de Pernambuco e logo se espalhou pelas
províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.Influenciados pela
Revolução Francesa e polo exemplo de República norte-americano, os revoltosos
queriam emancipar o Brasil. Quando a revolta estourou os revoltosos instalaram
um governo provisório republicano. Porém o Governo Geral não perdeu tempo.
Quatro meses depois os líderes da revolta foram condenados à morte e a
revolução contida.Como líderes da revolução podemos citar Domingos José da
Silva (comerciante) e os paraibanos militares Peregrino de Carvalho e Amaro
Gomes.
Revolução
Praieira: Esta revolta durou apenas cinco meses e ocorreu
na província de Pernambuco entre 1848/49. Ela foi influenciada pelo espírito de
1848 que dominava a Europa. Esta revolta consiste não apenas em um movimento de
protesto contra a política Imperial, mas num movimento social que pretendia
estabelecer reformas. Dentre outras exigências feitas pelos revoltosos, podemos
citar:
- a divisão dos latifúndios;
- a liberdade de imprensa;
- democracia;
- fim da importação de indústrias têxteis;
- fim do domínio português sobre o comércio de
Recife;
- fim da oligarquia política, entre outros.
Os revoltosos eram os liberais adversativos dos
conservadores (grandes latifundiários e comerciantes portugueses). O principal
jornal liberal em Recife tinha sua localização na Rua da Praia. Por causa
disto, os liberais ficaram conhecidos como praieiros.A revolução iniciou-se com choques entre os liberais e conservadores de
Olinda, ao sétimo dia do mês de novembro de 1848. Em 1849 os revoltosos
atacaram Recife, mas fracassaram. Depois de ter sido derrotado pelas tropas do
Brigadeiro Coelho, em Pernambuco, Borges da mento revolucionário do Império.
Confederação
do Equador: Esta revolta surgiu com a atitude autoritária de
D. Pedro I, o qual dissolveu a Assembléia Constituinte. Esta situação
agravou-se quando D. Pedro I quis substituir Manoel Pais de Andrade, governador
da província, ex-revolucionário, que gozava de grande popularidade entre os pernambucanos,
por uma apadrinhado seu (Francisco Reis Barreto). Desta forma, as câmaras
municipais de Olinda e Recife se declararam contrárias ao governo de Barreto.Em
2 de julho de 1824, Pais de Andrade se empenhou na revolta, pedindo apoio às
outras províncias nordestinas. Seu objetivo era reunir as províncias do
Nordeste em uma república, denominada de Confederação do Equador.Foram mandados
emissários às províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Porém a
repressão sobre esta revolta foi intensa. D. Pedro I enviou navios de guerra
para derrotá-la. Após a derrota das tropas republicanas de Pernambuco, as
outras províncias se enfraqueceram e foram derrotadas.Seus líderes foram todos
executados, entre eles Frei Caneca, que morreu fuzilado, pois ninguém tinha
coragem de enforcá-lo.
Coluna
Prestes: Foi um movimento iniciado por alguns políticos
que estavam descontentes com a concentração político-econômica nas mãos das
oligarquias da República Velha e essa insatisfação gerou a Revolução de 30 e se
estendeu ao governo Vargas, e velhos
participantes da Revolta Federalista de 189, faziam parte desses revoltosos.
Seus principais líderes foram: Luís Carlos Prestes, Miguel Costa e Juarez Távora(Pb).Os
integrantes da Coluna, apesar de todas as dificuldades, conseguiram romper as
barreiras do sul, seguiram e entraram no sertão paraibano. Luis Carlos foi
preso junto aos outros líderes.
Revolução de 30: Representou o
acontecimento mais importante em toda a história da Paraíba. A liderança da
Paraíba mudou a partir do momento em que
João Pessoa recusou aceitar a candidatura de Júlio Prestes (paulista) à presidência da
república, dai o termo da bandeira paraibana NEGO, tudo piorou com o levante de Princesa, que contou com o
apoio de todos os coronéis do açúcar e do algodão, entre outros fatores que
contribuíram para o agravamento da situação.
Logo após esse acontecimento, veio a morte do
presidente da província da Paraíba, João Pessoa (crime passional) mas foi usada
como pretexto para a Junta Militar empossar Getúlio Vargas já que João Pessoa seria o
vice candidato ao lado de Getúlio Vargas) . A
revolução se espalhou por diversos lugares (Nordeste do Maranhão à Bahia).
REVOLTAS EXCLUSIVAS DA PARAÍBA
Revolta
dos Quebra-Quilos: Ocorrida em 1874, ficou assim
conhecida pela modificação que provocou no sistema de pesos e medidas, fato
este que provocou uma grande revolução na Paraíba. Esta revolta causou muitas
prisões, inclusive a do padre de Campina Grande (Calisto Correia Nóbrega).
Ronco
da Abelha ou Guerra dos Marimbondos – ocorrido entre 1851
e 1852 se deu nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba, identificam os movimentos armados contra
aquelas resoluções do governo imperial, o fato de que o censo previa a
regularização do registro civil. Segundo a prática tradicional, os nascimentos,
casamentos e óbitos eram registrados nos livros eclesiásticos, em volumes
distintos, de acordo com a condição escrava ou livre do indivíduo, no novo
sistema, o juiz de paz seria o responsável pelos registros e não haveria mais a
separação pelos livros entre escravos e livres. Em época de crise de
mão-de-obra, de fim do tráfico de escravos, ser registrado como negro era visto
como altamente arriscado, os negros e descendentes de negros do nordeste, temiam que os sulistas estivessem se
preparando para escraviza-los, já que no sul e sudeste o Tráfico estava
proibído, esse “zum zum zum” foi denominado na Paraíba Ronco das Abelhas
Revolta
de Princesa - Frente de oposição ao presidente João Pessoa,
na cidade de Princesa Isabel, Paraíba. Teve como líder José Pereira, que
possuía amizades influentes no Estado. Princesa Isabel por volta de 1930, se
declarou território livre e lutou contra o governo do estado por 5 meses. Essa
revolta foi liderada pelo coronel mas influente da região, José Pereira Lima,
que se insurgiu contra medidas econômicas e práticas políticas modernizadoras
adotadas pelo então presidente (denominação, à época, para governador) da
Paraíba, João Pessoa. A gota d’água para o rompimento do coronel com João
Pessoa foi a decisão do presidente do estado de deixar de fora, na composição
de uma chapa para deputado federal, o ex governador João Suassuna, pai do
escritor Ariano Suassuna, e grande amigo de José Pereira. O Coronel foi além do
rompimento político. Reunião 150 jagunços e as armas disponíveis na cidade –
repassadas pelo governo federal aos coronéis da região para combater os
cangaceiros de Lampião e a Coluna Prestes-, expulsou os soldados do governo
estadual que se dirigiam a Princesa e juntamente com o prefeito e o presidente
da Câmara Municipal, declarou a independência administrativa da cidade, que
passou, então, a ter bandeira, hino, leis, jornal e exercito próprios.João
Pessoal usou todas as armas para tentar conter os rebeldes. Ameaçou bombardear
a cidade e mobilizou homens sob o comendo de José Américo de Almeida. Habituados
com a geografia da região, os revoltosos venciam sucessivas batalhas,. A
revolta tomou grandes proporções, envolvendo além da Paraíba o estado do
Pernambuco e o governo federal. O assassinato de João Pessoa no dia 26 de julho
de 1930 por João Dantas, motivado por questões políticas e pessoais, pôs
fim à Revolta de Princesa.
autoria: prof. Beth
Pesquisa bibliográfica: 1- História da Paraiba- José Octávio de Arruda melo
2- História da Paraíba - Lutas e Resistências - José Octavio de Arruda Melo
3-A Igreja Católica na Paraíba republicana: romanização e “males” a serem combatidos - Faustino Teatino Cavalcante Neto
Entrevista: professor de Historia da Paraíba UEPB -José Octávio
cacique Alcides da aldeia Baía da Traição (litoral paraibano)
autoria: prof. Beth
Pesquisa bibliográfica: 1- História da Paraiba- José Octávio de Arruda melo
2- História da Paraíba - Lutas e Resistências - José Octavio de Arruda Melo
3-A Igreja Católica na Paraíba republicana: romanização e “males” a serem combatidos - Faustino Teatino Cavalcante Neto
Entrevista: professor de Historia da Paraíba UEPB -José Octávio
cacique Alcides da aldeia Baía da Traição (litoral paraibano)
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