Com a consolidação do capitalismo na Europa, no século
XIX, surge a Sociologia como ciência particular. O pensamento de Saint-Simon
(1760-1830), Hegel (1770-1830) e David Ricardo (1772-1823) serviram como base
para que Comte e Marx desenvolvessem teorias divergentes.
Auguste Comte (1798 – 1857) - Comte era
francês, republicano e com idéias liberais que lhe permitiam elaborar suas
propostas para resolver os problemas da sociedade de sua época. Para Comte, que
vivia na França pós-revolucionária, a questão a ser resolvida era como
organizar a nova sociedade que estava em ebulição.
A resposta, segundo ele, seria uma reforma completa da
sociedade em que vivia, partindo para isso da reforma intelectual plena do
homem. Modificando a forma de pensar dos homens por meio das ciências, haveria
a reforma das instituições (Positivismo).
Para Comte a Sociologia deveria reconciliar os aspectos
estáticos e dinâmicos do mundo natural, ou entre a ordem e o progresso, com o
progresso sempre subordinado à ordem. Com estas ideias, Comte influenciou a
tradição republicana na Europa e na América Latina.
Karl Marx (1818 – 1883) e Friederich Engels (1820 –
1895)- Durante o século XIX as transformações iniciadas com o
invento da máquina a vapor permaneceram em ritmo acelerado, e as alterações no
processo produtivo ficaram mais visíveis como o surgimento de novas máquinas,
impulsionado pela descoberta de outras fontes de energia como o petróleo e a
eletricidade.
Aos poucos surgiram movimentos de trabalhadores, já
organizados em sindicatos, com o fim de transformar a sociedade capitalista.
Nasce o Socialismo, expresso por Marx e Engels com o
objetivo de dotar os trabalhadores de condições de análise da sociedade do qual
faziam parte.
Para Marx e Engels – ao contrário de Comte – não era
necessária uma ciência para estudar a sociedade, mas esta deveria ser vista
como um todo complexo de aspectos sociais, econômicos, políticos, ideológicos,
religiosos, etc. Estes teóricos entendiam que o conhecimento científico da
realidade só fazia sentido se este pudesse transformá-la.
Émile Durkheim (1858-1917)- O francês
Durkheim preocupava-se, ao contrário de Marx e Engels, em imprimir caráter
científico à Sociologia. Suas obras foram escritas em período de crise na
França, cuja sociedade exigia reformas em sua estrutura.
Ao mesmo tempo em que a Europa passava por grande avanço
tecnológico, ocorria o aumento do desemprego e, conseqüentemente, da miséria.
Isso fortalecia a associação dos trabalhadores e o fortalecimento de idéias
socialistas.
A questão presente na obra de Durkheim está relacionada
com a ordem social, pois para ele a raiz dos males sociais estava na
fragilidade da moral na época.
Durkheim propunha que a ordem social só seria obtida por
meio da criação de novas ideias morais capazes de guiar a conduta dos
indivíduos, neutralizando as crises econômicas e políticas.
Max Weber (1864 – 1920) - A obra de Weber
está diretamente relacionada com a situação da Alemanha em seu tempo –
industrialização tardia em relação à Europa Ocidental e participação na 1ª
Guerra Mundial.
Weber percorre caminhos variados escrevendo sobre
economia, questões religiosas, burocracia, urbanização, música, etc. Para ele o
objeto da análise sociológica é o indivíduo, capaz de definir as finalidades
para seus atos. A Sociologia, segundo Weber, deveria compreender as ações dos
indivíduos, atuando e vivenciando situações sociais com determinados motivos e
intenções.
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