Prazer em ser educadora

Graduada em Sociologia Política (USP), História (PUC-SP), Mestre em Ciências Sociais (área educação) UFPE, desde muito jovem me perguntava por que tantas desigualdades sociais no meu país? As respostas que eu obtinha não eram satisfatórias, até que um dia (ensino médio) fiz muitas perguntas a um querido professor de história (Otaviano) e ele me disse: "com tantas dúvidas, acho melhor você estudar História, só ela te saciará ou provocará mais dúvidas ainda, o que fará de você, uma eterna pesquisadora"
Amei aquela resposta desafiadora e assim, paralelo a um período ditatorial me tornei uma mulher questionadora, participante do movimento estudantil universitário, e do primeiro partido da classe de fato trabalhadora do meu país, uma mulher que pouco a pouco vai percebendo o que fizeram com a América Latina, sem nunca deixar de vislumbrar-se com as "coisas" da Europa anglo-francesa.
Aliei a sociologia à história e ambas me dão uma outra visão do mundo, seja nos aspectos econômico-político-sócio-cultural, permitindo-me conviver com as diversidades, com as minorias sem discriminações, aprendi a acreditar em meu país, no meu povo.
Assim posso repassar aos meus alunos das mais diversas idades ou classes sociais, o conhecimento que venho adquirindo no decorrer dos tempos, mostrando a eles que devemos nos qualificar, nos especializar, não para tornarmos apenas um acadêmico, mas para nos transformar em um humanista sensível à inclusão social, acreditando na mudança de um homem quando tem oportunidades.
Foi assim que acabei de certa forma, influenciando ou alicerçando a ideia de alguns alunos a cursarem História ou Ciências Sociais. A eles (últimos) : Trícia, Dimitri , Amanda, Arlan , Laís, Claudia... (não é possível citar o nome de todos) eu dedico esse blog e espero poder tirar dúvidas e compartilhar com todos os amantes das ciências humanas.
Muito prazer em ser educadora ... Beth Salvia

domingo, 24 de abril de 2011

História da China

Ao controlar as enchentes do rio Amarelo, que atormentavam a população, o rei Dayi se consagrou como o primeiro herói da China e fundou a dinastia Xia (2100-1600 a.C.). A história é tida como lenda para alguns historiadores. Para outros, ela aponta para vestígios dessa civilização, considerada a mais antiga do mundo. Sua trajetória no tempo é dividida pelos impérios. O destaque fica para o primeiro imperador da dinastia Qin (lê-se chin, 221-206 a.C.), que deu o nome ao país. Qin Shi Huangdi (260-210 a.C.) foi o responsável pelo início da unificação do território. Para evitar as invasões de povos que vinham do norte, ele mandou unir as fortificações localizadas de leste a oeste. A obra foi depois batizada de Grande Muralha e tornou-se um patrimônio da humanidade.
Ao longo de 19 dinastias, os chineses produziram seda e inventaram a bússola e embarcações sofisticadas. No século 19, o país foi descoberto pelo Ocidente, que queria explorá-lo e ocupar seus territórios. O país começou o século 20 com uma enorme população de camponeses submetidos ao sistema feudal.
1644 a 1912 - DINASTIA QING
Em 1839, tem início a Guerra do Ópio, conflito entre China e Inglaterra que envolve o comércio ilegal da droga. O império começa a ruir.
1912 - NASCE A REPÚBLICA
Sun Yat-sen, fundador do Kuomintang (Partido Nacional do Povo), instaura a república. Há revoltas e a nação entra em guerra civil.
1921-INÍCIO DO COMUNISMO
Setores do Kuomintang obrigam Sun Yat-sen a renunciar. Um grupo de marxistas simpáticos à Revolução Russa e aos ideais de Sun funda o Partido Comunista.
1927 - GOLPE DE ESTADO
Chiang Kai-shek torna-se líder do Kuomintang. O Partido comunista é posto na ilegalidade. Muitos de seus membros formam o Exército Vermelho
1934 e 1935 - A LONGA MARCHA
Liderados por Mao Tsé-tung, 300 mil camponeses do Exército Vermelho vão do sul ao norte, fugindo das ameaças de Chiang Kai-shek. Apenas 30 mil sobrevivem.
1949- REPÚBLICA POPULAR
Mao Tsé-tung proclama a República Popular da China. Chiang Kai-shek, derrotado, foge para Taiwan e cria ali a República da China.
Após duas Guerras Mundiais e décadas de guerra civil com os europeus, a China voltou a se unir sob a liderança de Mao Tsé-tung (1893-1976), que encabeçou a Revolução Comunista ao norte do país (leia a seqüência didática no quadro abaixo). Ele proclamou a República Popular da China em 1949, tornou-se presidente e iniciou a transição para o socialismo. Em 1966, a Revolução Cultural tentou consolidar os ideais comunistas, afastando os que ainda resistiam ao novo regime. A partir dos anos 1980, Deng Xiaoping (1904-1997) iniciou a mudança social e política, abrindo a economia chinesa para o mundo e dirigindo-a para o crescimento tecnológico.
Furor produtivo, prodigiosa capacidade, otimismo galopante, capitalismo desenfreado e dimensões titânicas, assim podemos descrever o crescimento e a euforia experimentados pela China em decorrência de conquistas econômicas que vêm alçando o país à condição de superpotência mundial. Para compreender melhor tal conjuntura, é oportuno revisar  a trajetória recente dessa nação, que abandonou o regime imperial há menos de um século, foi revirada pelo avesso por uma revolução comunista e hoje goza as benesses de sua vocação empreendedora.
HOJE -  A República Popular da China é o país mais povoado do mundo e o terceiro maior em área, ocupando uma parte considerável da Ásia oriental. Graças à abertura a uma política de mercado de base socialista, a China é hoje a segunda potência comercial do mundo.
A China apresenta os mais respeitáveis índices de desenvolvimento tecnológico, educacional, industrial e comercial. Pais de dimensões continentais e uma população superior a 1 bilhão e 300 mil habitantes com cultura milenar, constitui um mercado potencial para gerar grandes negócios, para onde hoje estão se voltando os interesses de grandes investidores do mercado mundial. Porém a classe proletária está  muito aquém da classe operária no ocidente, salários baixíssimos, péssimas condições de trabalho, quase nenhum direito, mas infelizmente a crise do desemprego estrutural, faz com que milhares de pessoas desempregadas não só chineses, mas do mundo, estejam  submetidos à essas condições em pleno século XXI, daí a certeza de que nem sempre quando o país está economicamente rico, seu povo também está melhorando suas condições.
Para além das contribuições culturais já mencionadas, outras quatro grandes invenções chinesas na área da tecnologia marcaram profundamente a história mundial: Bússola, Impressão Papel, Pólvora
Algumas outras importantes invenções:Ábaco orienta, Estribo Besta (arma),Leme (navegação),Sombrinha (Guarda-chuva, no Brasil),Molinete de pesca
Outras áreas científicas onde os chineses se distinguiram:
A astrologia chinesa e as suas constelações eram usadas com fins divinatórios.
Aplicaram conceitos matemáticos na arquitetura e na geografia. O π foi calculado por Zu Chongzhi até ao sétimo dígito no século V.
A alquimia é identificada com a química Taoísta, com bases diversas da química atual.
Foram levados a cabo estudos de biologia extensivos e muito pormenorizados, que, ainda hoje são procurados e consultados, como as farmacopéias, gênero de catálogo de plantas medicinais.
A medicina tradicional e a cirurgia foram, durante muito tempo, avançadas, havendo ainda hoje, muitos adeptos destas práticas médicas. Um exemplo conhecido é o da acupuntura. As autópsias eram consideradas sacrilégio. No entanto, houve quem violasse tal tabu, o que permitiu um mais vasto conhecimento sobre a anatomia interna humana.



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